29/06/2020 - Seis meses depois do mundo registrar oficialmente o primeiro caso da Covid-19, o vírus fica a cada dia mais forte. Dados que foram publicados nesse domingo(28 de junho) pela OMS revelam um numero inédito de novos casos em apenas 24 horas . O período avaliado pela entidade, foram 189 mil casos extras, com o Brasil liderando em infecções e mortes.
Nessa semana, a agencia mundial de Saúde vai marcar os seis meses do primeiro caso informado à entidade, em 31 de dezembro de 2019. Mas a marca será usada para que a cúpula da OMS alerte, nesta segunda-feira, que não há sinais de que a crise esteja perdendo forças.
Um apelo vai ser lançado a partir de Genebra para que os governos assumam suas responsabilidades, superem divisões internas e estabeleçam acordos mundiais. Também haverá um pedido para que os estados insistam de uma forma significativa em testes e que medidas de proteção social e distanciamento sejam mantidos.
Um semestre após o primeiro alerta oficial da China em 31 de dezembro de 2019, e alguns meses depois da emergência global declarada pela Organização Mundial da Saúde no final de janeiro, é a situação no Brasil que ocupa em grande parte o centro das atenções nos debates a portas fechadas em Genebra.
De uma forma geral e contando desde os primeiros casos, o Brasil aparece na segunda posição em termos de mortes e casos. Mas, para os especialistas, não é o numero acumulado desde o começo da crise que confere uma fotografia mais útil da situação.
Em 14 dias, período de incubação do vírus, o Brasil também ocupa o primeiro lugar. Foram 460 mil casos neste período, 20% de todos os casos no mundo.
Mas não é apenas o número elevado que preocupa. Para as agências internacionais, não existe hoje no Brasil um plano claro de como sair da crise, a fadiga da população sobre a quarentena torna a medida cada vez mais frágil e não há um aumento suficiente no número de testes.
A exclusão do Brasil da lista de países que serão autorizados a voltar a voar para a Europa a partir do dia 1 de julho é apenas um sinal de como o mundo está reagindo. A UE promete apresentar uma nova lista com novos países a cada 15 dias.
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