24/09/2025 - Renê da Silva Nogueira Júnior e a delegada Ana Paula Balbino Nogueira
Reprodução/redes sociais
A Justiça de Minas Gerais determinou nesta terça-feira (23) o bloqueio de R$ 200 mil em bens e valores de Renê da Silva Nogueira Júnior e da esposa dele, a delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira, em processo de indenização por dano moral movido pela viúva do gari Laudemir de Souza Fernandes, morto por Renê em 11 de agosto de 2025.
Com a nova decisão, o total de valores bloqueados no caso já chega a R$ 1,4 milhão. (relembre abaixo)
Ela solicita a indenização por dano moral e pede a garantia de que os réus não esgotem o patrimônio antes do julgamento. Ela argumenta que Renê utilizou uma arma de fogo de propriedade da delegada e que ela delegada agiu com negligência ao não guardar o artefato de forma segura, o que foi acatado pelo juiz Marcus Vinicius do Amaral Daher, da 3ª Vara Cível de Contagem.
O crime aconteceu no dia 11 de agosto, após Renê se irritar no trânsito e atirar contra o trabalhador. Ele foi preso em uma academia de luxo no mesmo dia. (relembre abaixo)
Antes, a Justiça de Minas Gerais já havia determinado, no último dia 17, o bloqueio de mais de R$ 1,2 milhão em contas e aplicações do casal.
A decisão atendeu a um pedido da filha menor de idade de Laudemir, que solicitou indenização por danos morais, pensão mensal, custeio de sessões de terapia, bloqueio de imóveis do casal e acesso às declarações de imposto de renda deles.
?Clique aqui para seguir o canal do g1 MG no WhatsApp
VÍDEO: esposa de gari morto por empresário mostra última mensagem que recebeu do marido
Relembre o caso
Laudemir foi morto na esquina das ruas Jequitibá e Modestina de Souza, em Belo Horizonte. Testemunhas contaram que o gari estava trabalhando na coleta quando o empresário passou de carro pela rua e exigiu que o caminhão de lixo fosse retirado da via para que ele conseguisse passar com seu carro, um veículo elétrico BYD.
A mulher que dirigia o caminhão de lixo quando Renê exigiu que fosse aberto caminho passar ele com seu carro afirmou que havia espaço suficiente na rua. O empresário teria se irritado e ameaçado atirar na motorista.
Os garis tentaram intervir e pediram que ele se acalmasse, mas ele atirou. A vítima foi socorrida pela Polícia Militar e levada em uma viatura para o hospital, onde morreu.
Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, deixou uma filha de 15, a namorada e uma enteada. Segundo familiares e amigos, era apaixonado pela profissão e em breve seria promovido. A prefeitura informou que Laudemir prestava serviços por meio de uma empresa terceirizada de limpeza.
LEIA TAMBÉM:
Veja linha do tempo do caso
Quem era o gari assassinado a tiros em BH?
Laudo aponta que arma usada por empresário era de delegada
Cristão, patriota e marido de delegada: quem é o empresário suspeito de atirar e matar gari
Quem é o empresário que atirou em gari em briga de trânsito
|