15/06/2020 - O dia 15 de junho marca o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra Pessoa Idosa, data instituída em 2006, pela Organização das Nações Unidas e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência contra pessoa idosa. Todos os anos a data é marcada por eventos no mundo todo, visando mobilizar e sensibilizar a sociedade.
O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial. Só no Brasil, existem quase 20 milhões de pessoas idosas, as projeções apontam que em 40 anos esse percentual deve triplicar no país, aproximando-se de 29,7% da população. Em 2050 haverá duas vezes mais idosos do que crianças na sociedade brasileira. Envelhecer, hoje, é um direito social. O Estado tem a obrigação de permitir um envelhecimento saudável, em condições de dignidade e garantido por políticas públicas.
O Estatuto do Idoso, a Lei 10.741/2003 tem como objetivo regular os direitos do cidadão com 60 anos ou mais, assim a Sociedade Civil e o Estado devem assegurar aos nossos idosos, com prioridade, o direito à vida, à saúde, à educação, à cultura, ao trabalho, à cidadania, assim destacamos o "Direito ao respeito: inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral do idoso". Além de expressar direitos e deveres, o Estatuto do Idoso expõe as circunstâncias de violência contra o idoso ao definir punições para casos de morte, sofrimento físico ou psicológico.
A violência contra o idoso pode ser definida como “um aro único, repetido ou a falta de ação apropriada, ocorrendo em qualquer relacionamento em que exista uma expectativa de confiança que cause dano ou sofrimento a uma pessoa idosa”. É uma questão social global que afeta a saúde e os direitos humanos de milhões de idosos em todo o mundo e que merece a atenção da comunidade internacional.
Em muitas partes do mundo, o abuso de idosos ocorre sem que haja reconhecimento ou resposta, pois, até recentemente, esse grave problema social estava oculto à vista do público e era considerado um assunto privado. Ainda hoje, o abuso de idosos continua sendo um tabu, subestimado e ignorado pelas sociedades mundialmente. No entanto, há evidências que indicam que o abuso de idosos é um importante problema de saúde pública e social.
Ocorre nos países em desenvolvimento e nos países desenvolvidos e, no entanto, geralmente é subnotificado. As taxas ou estimativas de prevalência existem apenas em países desenvolvidos selecionados - variando de 1% a 10%. Embora a extensão dos maus-tratos aos idosos seja desconhecida, seu significado social e moral é óbvio e, como tal, exige uma resposta multifacetada, focada na proteção dos seus direitos.
De uma perspectiva social e de saúde, a menos que os setores de atenção primária e de assistência social estejam bem equipados para identificar e lidar com o problema, o abuso de idosos continuará sendo subdiagnosticado e ignorado.
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